quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Continente recebe o Mundo, é tempo de Copa!


A África, que parecia esquecida pela globalização, vai sediar pela primeira vez a Copa do Mundo de Futebol. O continente diz “welcome home” ao mundo que deu seus primeiros passos na terra que é o berço da humanidade.





A África é um gigante de pés de barro que está contagiando o mundo com a sua cultura e com a sua beleza. Essa Copa representa, dentre outras coisas, um momento de virada na história africana. Para transformar-se em sede, a África precisou lutar contra as suas maiores dificuldades. Essa luta está longe de ter um fim, mas ganhou passos, cada vez, mais largos.



Mesmo sendo sediada na África do Sul, a Copa representa uma vitória para todo o continente, pois o mundo deu às mãos na sua Casa. O mundo parou para assistir ao gigante adormecido brilhar.


VIVA A ÁFRICA!


Recomendado:

http://www.youtube.com/watch?v=P5GOnmU3zN8

Perspectivas da crise econômica no Continente Africano

A crise econômica que se iniciou nos Estados Unidos e assolou quase todos os países, também gerou fortes impactos no continente africano. Os efeitos inicias dessa crise foram percebidos do comércio devido à uma queda nos preços das matérias-primas (minerais e não minerais) e à descida acentuada da procura por parte dos países desenvolvidos.

Nesse sentido, torna-se notório que muitas indústrias de exportação da África correm o risco de desaparecer. Assim como as receitas enviadas pelos trabalhadores, o financiamento do comércio e o investimento direto estrangeiro venham a sofrer uma diminuição drástica, colocando seriamente em risco a sustentabilidade da balança de pagamentos.

A fim de reverter esse quadro, os governos devem promover o crescimento doméstico através de um maior investimento e consumo doméstico. Uma solução eficaz consiste em adotar políticas fiscais sustentáveis que aumentem as receitas governamentais e que criem um ambiente atraente para o investimento.

Nesse contexto, Entre os dias 10 e 12 de junho, ocorreu na Cidade do Cabo (África do Sul) o Fórum Ecônomico para a África. Os representantes dos países africanos comprometeram-se a somar esforços em manutenção da estabilidade e segurança no continente para que a desaceleração do crescimento econômico não leve, no longo prazo, à perda das conquistas sociais obtidas na última década.

É oportuno reiterar que Kofi Annan, ex-secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no lançamento do Relatório Anual do Painel de Progresso da África (APP, sigla em inglês), aconselhou os líderes africanos para que transformem a atual crise econômica em oportunidades para o continente. Foi enfatizada a idéia de que a África deve fundamentar sua agenda de desenvolvimento em parcerias e no compartilhamento de responsabilidades. De modo que é notório que o continente ainda necessita de investimentos em infra-estrutura, energias renováveis, agricultura e comunicação para poder gerar empregos e intensificar o comércio, criando novos mercados. Destaca-se, assim, a necessidade de assistência imediata para manter os fluxos financeiros e a possibilidade de parcerias com países emergentes como Brasil, China e Índia.

Chá das 23h: O corpo e a mulher

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif-WSXzF2oMTz-INpZqP0ZNaaMO4jVahxWR2DFpH9QEZoJNkodWQOJu8uxKE9-YOLufw3sfqq1qePGjfScD_WqZm5J8LGiMZLMPjgRzFz8WySASSFYrB-Bm2vFpdGzHYs_sLb-7J-Q9v26/s400/mutilacao+genital+feminina.jpg



"UNICEF: mutilação genital feminina afecta três milhões por ano"


"Mutilação genital feminina ainda afecta milhões de mulheres"


"Três milhões de meninas em 28 países da África são submetidas, a cada ano, à mutilação genital, além de outras dezenas de milhares que são vítimas desta prática em comunidades imigrantes na Europa, América do Norte e Austrália, afirmou hoje o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)."














A Mutilação Genital Feminina (MGF) é uma prática cultural existente majoriariamente nos países de religião islãmica, no entanto, não apenas nele, como já ficou explicado com a expressão advinda de "majoritário". Muito comum no continente sobre o qual este blog trabalha, a MGF consiste uma prática cultural que persiste desde antes da religião do islã.




Apesar de comumentemente ser ligada ao islamismo, não há registros bíblicos que faça apologia à MGF. A denominação de "mutilação" algumas vezes não é utilizada, sendo substituída por nomes derivados de procedimentos médicos, como: circuncisão.




O tema é controverso. O debate que rodeia a problemática da MGF é pertinente e bastante atual. É um debate onde o defensor dos direitos humanos enfrenta uma linha tênue contra o relativista, e vice-versa. É que nesse debate, o que está em questão é a cultura de um povo ante o "ocidentalismo" dos direitos humanos, a questão de gênero, as construções de gênero, e a defesa pelos direitos humanos e das mulheres. Contudo, mais que debates e estudiosos, mestres, doutores, p.h.d.'s, etc, faz-se necessário ao debate e para o objetivo deste, a presença da voz daqueles que se originaram dentro do contexto da MGF.
Até onde uma cultura deve ir?














Referências Bibliográficas:





http://vsites.unb.br/ih/his/gefem/labrys5/textoscondensados/sowbr.htm


http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI862549-EI294,00.html


http://www.adur-rj.org.br/5com/pop-up/mutilacao_feminina.htm


http://www.africa21digital.com/noticia.kmf?cod=8524257&canal=404

O Pós-Guerra Fria na África

O continente africano foi durante o período das rupturas coloniais um cenário privilegiado dos conflitos indiretos da Guerra Fria. Como já observamos anteriormente tanto a URSS como os EUA por motivos diferentes apoiavam o afastamento dos países africanos de seus colonizadores europeus.

Do ponto de vista do método, em geral, as independências coordenadas pelos EUA tiveram um perfil mais “pacífico”, sem o uso direto de armas e no caso da URSS, as rupturas foram mais traumáticas, mais violentas. Muitas vezes, os conflitos se davam em fronteiras que detinham ideologias opostas, como Senegal e Guiné, por exemplo.

Ainda houve traumas internos com disputas violentíssimas entre guerrilhas, como se destaca o exemplo de Angola, com grupos armados pelos dois blocos da Guerra-Fria. Neste período, o sentimento internacionalista do socialismo esteve presente, quando tropas cubanas agiram em Angola e tivemos a presença de Che Guevara na região do antigo Congo.

A formação do chamado “Terceiro Mundo” em Bandung somado a episódios importantes para a África como a nacionalização do Canal de Suez e a posição de Nasser estiveram também marcadas pelo signo da Guerra Fria, pois setores, mesmo chamados de “não alinhados”, simpatizavam com o socialismo, nem sempre com o perfil “soviético’.

Neste sentido, a formação da OUA (Organização das Nações Africanas) e as lutas internas desta entidade também foram influenciadas pelas posições e disputas entre socialistas e capitalistas, algo natural num mundo politicamente bipolarizado, com pouco espaço para uma espécie de “terceira vertente”. Com isso, soviéticos e norte americanos acabavam tirando vantagens e algum proveito das contradições internas entre africanos.

As potências também se tornaram espécie de modelo para os Estados recém libertados pós 1960. Segundo Iliffe:

“O nacionalismo visava imitar os estados-nação mais modernos: não os governos minimalistas das sociedades agrícolas mas os planos de desenvolvimento e os mecanismos de controlo burocrático do mundo industrializado (em especial do socialista).”

Esta compreensível ambição dos novos países libertados não se concretizou por vários limites históricos, políticos e econômicos do continente africano esgotado e arrasado por séculos de exploração capitalista.

Além disso, o chamado neocolonialismo foi um fenômeno observado a partir das independências e no contexto de Guerra Fria. Segundo Lopez, o neocolonialismo seria um “colonialismo residual, escamoteado, oculto atrás das aparências da autonomia política”.

Politicamente independentes, mas com economias limitadas, os Estados africanos sofreram as chamadas “ajudas para o desenvolvimento” dos países centrais, denunciadas por figuras exponenciais como Krumah. Estas ajudas não resolveram problemas estruturais, mas eram paliativos para se manter elos de dependência em especial nas regiões mais frágeis do continente.

Nos países africanos mais desenvolvidos economicamente, foram mantidos laços com antigas metrópoles em comunidades econômicas “de colaboração”. O longo martírio colonial e suas conseqüências ainda são sentidas no continente, especialmente nos aspectos estruturais e na limitação tecnológica, mesmo após décadas de independência política. Neste mesmo período, nações se ergueram dos escombros da guerra (Japão, Alemanha, Inglaterra, entre outros) e ao compararmos com o continente africano, este está bastante distanciado desta recuperação, independente do lado que tenha optado durante o período de Guerra Fria.

Somente uma forte reparação histórica pode reverter este quadro, o que não termina com o perdão de dívidas externas que também algemaram o continente tão rico e tão espoliado desde o século XV pelos europeus.

O continente africano não poderia deixar de sofrer conseqüências e participar do maior conflito em toda a história da humanidade e suas conseqüências.
O clima democrático-liberal instalado no mundo após a queda do nazifascismo abriu uma era de declínio na velha concepção colonialista de intervenção direta e de novos métodos das potências para as relações econômicas e políticas internacionais.

Com a queda do colonialismo foi passado o “bastão histórico” para as mãos dos próprios africanos, após décadas de domínio direto europeu. Em geral, a opção mais observada foi manter e almejar estruturas políticas e sociais semelhantes aos dos países “mais adiantados”.

Neste sentido, especialmente EUA e URSS eram referências para os dirigentes africanos, a maioria destes formados nas academias européias. A Guerra Fria, inaugurada após os acordos de Yalta e Potsdam, acabaria temperando todo o decurso africano a partir daí, incidindo nos novos Estado e em entidades unitárias como a OUA, por exemplo.

Parece inegável que a inserção africana neste contexto, se por um lado ajudou a libertar o continente do jogo colonialista, por outro, não deu uma resposta ao subdesenvolvimento e ao atraso tecnológico fruto da exploração histórica e problema crucial em várias regiões do continente.

É importante considerar que a bipolarização presente neste período (1945-1991) era praticamente irresistível, mesmo para aqueles chamados “não alinhados”, para quem respingava o jogo de contradições globais. Também irresistível foi o neocolonialismo, iniciativa especialmente capitalista que assolou os novos países com relações internacionais nem sempre favoráveis.

A opção africana de manter as fronteiras construídas pelos europeus na Conferência de Berlim, o papel por vezes interesseiro de EUA e URSS no pós-guerra e mesmo as práticas das elites africanas somadas ao histórico sugamento das reservas do continente são elementos que ajudam a entender a realidade contemporânea do continente.

Uma possível reversão do quadro africano se encontra na construção de uma outra lógica societal, que supere os limites econômicos do mercado e das fronteiras nacionais. A colaboração solidária ente os africanos e mesmo entre aqueles que sofreram uma carga histórica semelhante pode ser um caminho de recuperação autônoma das possibilidades econômicas e sociais de um continente berço da civilização e da humanidade, que teve suas riquezas vilipendiadas pelo sistema político europeu até 1945 e depois pelo neocolonialismo presente em suas variadas formas mesmo até nossos dias.


Referências bibliográficas
• CHALIAND, Gerard. A Luta pela África: São Paulo: Brasiliense, 1982.
• FERRO, Marc. História das Colonizações. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
• HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
• ILIFFE, John. Os africanos: história de um continente. Lisboa: Editora Terra Mar, 1995.
•LOPEZ, Luiz Roberto. História do Século XX: Porto Alegre: Mercado Aberto, 1987

http://www.duplipensar.net/artigos/2006-Q2/os-reflexos-da-guerra-fria-no-continente-africano.html



O problema da AIDS







Em 1981, o mundo identifica uma das piores doenças que o homem já conheceu, a AIDS. O Continente africano há anos, sofre com as mazelas da AIDS. A síndrome da imunodeficiência adquirida ganhou tamanhas proporções, no continente por causa da falta de informação, das guerras, das desigualdades sociais, da falta de infra-estrutura na saúde pública e no combate da doença.

Hoje, pode ser considerada como uma das principais unidades ameaçadoras ao desenvolvimento do continente.
Nos países Zâmbia e África do Sul, cerca de 20% de toda população adulta e jovem encontra-se contaminada com a doença, em Botsuana cerca de 39% da população entre 15 e 49 anos estão com a doença e em Lesoto e Zimbábue o percentual é de 20%, esses números são dados da OMS (Organização Mundial de Saúde).

O índice de pessoas contaminadas está crescendo, em 2001 aproximadamente 5,3 milhões pessoas contraíram a doença dos quais, segundo a OMS, menos de 1% realizaram o tratamento, o restante provavelmente morre sem saber sequer que tinha a doença.

A África do Sul, que marcou a história da medicina ao realizar o primeiro transplante de coração, em 1967, tem hoje 4,2 milhões de pessoas infectadas - o maior número de soropositivos do mundo. No país, a incidência de estupros é epidêmica como a própria síndrome, e as duas estão vinculadas.

As estatísticas da OMC mostram que a cada 3 pessoas infectadas com o vírus da Aids, 1 é do continente africano. A aids matou, na áfrica, quase a mesma quantidade de pessoas que a gripe espanhola e a peste negra, aproximando-se de 17 milhões de pessoas.

Frágeis diante das questões econômicas, a África sofre com o progresso da epidemia. Segundo pesquisas, as políticas públicas não estão sendo aplicadas de forma satisfatória ao combate da doença. O governo de Uganda tem demonstrado, entretanto, o incentivo de políticas preventivas. Diante dessa conjuntura, estudiosos acreditam que a propagação da doença tem sido patrocinada pela ausência de políticas públicas de prevenção, pois tal assunto é enxergado como tabu, bem como pela prática homossexuais, comum em muitas culturas.




O Brasil é um dos países que estão investindo, junto aos governos africanos, no combate da AIDS. Governo brasileiro assinou convênios de cooperação com países africanos - Para desespero das grandes multinacionais farmacêuticas, o governo brasileiro assinou convênios de cooperação com Angola, Maçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe. A ajuda inclui transferência de tecnologia para a fabricação de medicamentos, treinamento no controle de qualidade das matérias-primas e orientação para a administração correta do tratamento.

N África do Norte, as pesquisas mostram que os índices de infectados está aumentando. As estatísticas, no sul da Argélia não são muito otimistas: 1% das mulheres grávidas que recorrem aos pré-natais estão infectadas pelo HIV. Já no Sudão, o vírus está ganhando grandes proporções de contaminação nas suas diversas regiões.

Em virtude da Copa, os governantes se comprometeram em aumentar as políticas de combate e prevenção da doença.

O não-alinhamento da Conferência de Bandung

Em 1955, a Conferência de Bandung, na Indonédia, discutiu os principais problemas que surgiram diante da Independência dos países africanos, bem como da formação do então chamado "Terceiro Mundo". Foi diante dessa conjuntura que surgiu a questão do não-alinhamento automático. Esse representava, diante dos moldes da Guerra Fria, que os 29 países que se reuniram nessa conferência não iriam alinhar-se automaticamente a nenhum dos blocos antagônicos da contenda ideológica da Guerra Fria. Eles declararam-se a favor do anticolonialismo, do combate contra o racismo e contra o imperialismo.



Essa conferência teve grande representatividade histórica, porque colocou em pauta o debate Norte-Sul, ao invés do debate Leste- Oeste, ou seja, queriam tratar das nuances entre os ricos países industrializados e os países pobres, exportatores de produtos primários.

Durante a reunião foram delineados os principais objetivos que serão seguidos pelos países do " Terceiro Mundo"

  • Ativar a cooperação e aboa vontade entre as nações afro-asiáticas e promover seus mútuos interesses;
  • Estudar os problemas econômicos, sociais e culturais dos países participantes da conferência;
  • Discutir a política de discriminação racial, o colonialismo e outros problemas que afetam a soberania nacional e auto-determinação dos povos;
  • Definir a contribuição dos países afro-asiáticos na promoção da paz mundial e da cooperação internacional.



Segundo Layer, " A Conferência de Bandung, em abril de 1955, representou a reunião internacional sem precentes, pois pela primeira vez na história moderna um grupo de antigas nações coloniais, outrora sob jugo europeu, reunia-se para discutir a princípio seus mútuos interesses e, depois, seus pontos de contrastes. As super potências do pós-guerra, Estados Unidos e União Soviética, foram ignoradas. Nenhuma das nações da Europa ou da América esteve presente, nem sequer as nações latino-americanas, sobre as quais os Estados Unidos vinham mantendo controle político e econômico praticamente total" (LAYER, I. A Conferência de Bandung. In: Século XX, p. 2364.)

A Conferência de Bandung inaugurou um bloco multinacional, o bloco do Terceiro Mundo, que objetivava, antes de tudo, superar o subdesenvolvimento produzido pela herança colonialista.


Referências Bibliográficas

http://www.diario-universal.com/2007/04/aconteceu/conferencia-de-bandung/
http://www.tvcultura.com.br/aloescola/historia/cenasdoseculo/internacionais/conferenciadebandung.htm
http://www.tvcultura.com.br/aloescola/historia/guerrafria/guerra10/terceiromundo-africa.htm
http://historianovest.blogspot.com/2010/03/conferencia-de-bandung.html

Os movimentos de Independência

Com o final da Segunda Guerra Mundial, o ideal de independência dos países colonizados na África transformou-se um movimento de massa. A África mergulhou em grito por liberdade política, ao passo que enfrentavam a dependência econômica. Tais movimentos ocorreram por meio da guerra ou por meio da independência gradual comandada pelas metrópoles, ao transferirem o poder para as elites locais. Todas essas questões deram origem a uma espécie de neocolonialismo.



Segue abaixo uma pesquisa cronológica dos principais fatores que corroboraram para os movimentos de independência dos Países Africanos.

1950- Pan-africanismo


É um movimento de caráter social, filosófico e político, que visa promover a defesa dos direitos do povo africano, constituindo um único Estado soberano para africanos que vivem ou não na África.

Acreditam que a união dos povos de todos os países do continente africano na luta contra o preconceito racial e os problemas sociais é uma alternativa para tentar resolvê-los. A partir dessa ideologia foi criada a Organização de Unidade Africana (1963), que tem sido divulgada e apoiada, majoritariamente, por afro-descendentes que vivem fora da África.


1951- Independência da Líbia


Em 1912, a Líbia foi invadida pela Itália, uma vez que outras potências européias, como a Inglaterra ou a Alemanha tinha passado ao largo. Este domínio italiano durou até à queda de Mussolini e o fim da II Guerra Mundial, mais concretamente em 1951. O 24 de Dezembro do citado ano a Líbia conseguiu a sua independência da Itália depois de 39 anos de colonização.


1951- União da Eritréia à Etiópia

A Eritreia foi unida à Etiópia pela resolução da ONU 390(A), sob o impulso dos Estados Unidos, adotado em dezembro de 1950.

1952- Canal de Suez- Egito


Foi uma série de conflitos que envolveram Israel e o Egito pelo domínio do Canal que era um ponto estratégico de ligação entre a Europa, a Ásia e a África.


1955- Conferência de Bandung


Em 1955, na Indonésia, os líderes de vinte e nove Estados asiáticos e africanos (Etiópia, Líbia, Libéria e Egito) realizaram a Conferência de Bandung. O objetivo era a promoção da cooperação econômica e cultural afro-asiática, como forma de oposição ao que era considerado colonialismo ou neo-colonialismo dos Estados Unidos da América, da União Soviética ou de outra nação considerada imperialista, ou seja, promoviam o não-alinhamento automático às superpotências. Foi a primeira conferência a falar e a afirmar que o imperialismo e o racismo são crimes.


1956 - Independência do Marrocos

Em 1943 surge no protetorado francês um partido de cunho separatista. O sultão Mohamed ben Yusuf (Mohamed V) adere ao movimento nacionalista e dez anos depois é deposto pelos franceses por não ter acatado sancionar medidas que lhe limitassem o poder. A Espanha não havia sido consultada e negou-se a reconhecer a deposição de Yusuf, assim acolheu os patriotas marroquinos em seu protetorado. A França, preocupada com a rebelião na Argélia, concedeu a independência ao Marrocos em 2 de março de 1956, e Mohamed ben Yusuf volta ao trono e no mesmo ano a Espanha renuncia aos territórios de seu protetorado. O Marrocos fica, então, parcialmente unificado, sob o regime de monarquia constitucional em 1962, tendo também reconhecido a legitimidade de suas fronteiras em tratados e acordos com a França e Espanha.


1956 - Independência da Tunísia


Finda a Segunda Guerra Mundial e, conseqüentemente a ocupação alemã, cresce entre os tunisianos os movimentos nacionalistas, até que em 1956 a França concede a independência à Tunísia. Em 1959, Habib Bourguiba, o principal ícone do movimento nacionalista, é eleito para o cargo da presidência, tornando-se, posteriormente, presidente vitalício - sendo em 1987 considerado incapaz e substituído por Zine El Abidini Ben Ali.


1956- Independência do Sudão


Depois da Segunda Guerra Mundial, os sudaneses com maior grau de instrução passaram a reivindicar a independência. Em 1953, o Reino Unido e o Egito concordaram em conceder autonomia gradual ao Sudão. Oficialmente, o país tornou-se independente em 1° de janeiro de 1956. Desde a independência, o Sudão vem enfrentando problemas políticos e a guerra civil. A partir do final da década de 1960, o chefe de governo foi mudado várias vezes. Em outubro de 1969, o major-general Gaafar al-Nimeiry assumiu o governo. Foi deposto por militares de esquerda em julho de 1971, mas reconquistou o poder em seguida. Em outubro, elegeu-se presidente do Sudão e firmou um acordo com os rebeldes do sul, concedendo certa autonomia à região.


1957 - Independência de Gana


Em 1868, o Reino Unido converteu-se na principal influência na "Costa do Ouro", como foi conhecida Gana. Em 1948, após a fortificação dos movimentos pró-independência, Kwame Nkrumah, forma seu próprio partido: o People´s Party (CPP), com o lema "o auto-governo agora". Em 1951, Nkumah ganha as eleições e em 1957 Gana conquista sua independência, o que deu a Nkrumah a alcunha de Osagyefo (significado: líder vitorioso), sendo empossado como primeiro-ministro, procurando ajuda no bloco comunista. Em 1962 foi-lhe atribuído o Prêmio Lênin da Paz, e em 1966 Nkrumah fora deposto do seu governo por um golpe militar.


1960 - Independência da Costa do Marfim


No ano de 1893 a região da Costa do Marfim tornou-se uma colônia autônoma e em 1899 passou a integrar a Federação da África Ocidental Francesa. Em 1919, parte da colônia se tornou independente e em 1944 foi criado o Sindicato Agrícola Africano, que deu origem ao partido Democrático da Costa do Marfim (Parti Démocratique de la Côte d'Ivoire). Em 1958, anos após a construção do porto, foi proclamada autônoma a República da Costa do Marfim dentro da Communauté Française e em 1960 o país atingiu sua independência plena.


1960- Independência do Chade

É importante ressaltar que em 1885, a Conferência de Berlim definiu as fronteiras do país e a França o ocupou em 1900. A luta anti-colonial inicia-se após a II Guerra Mundial, com a formação do Partido Progressista do Chade (PPT). Em 1960,obtém a Independência, e François Tombalbaye, do PPT, torna-se o primeiro presidente.

1960 - Independência da Nigéria


A Companhia Real de Niger foi criada pelo governobritânico em 1886 e em 1901 a Nigéria tornou-se protetorado britânico e colônia em 1914. Devido ao crescimento do nacionalismo nigeriano com o fim da Segunda Guerra Mundial, o governo britânico deu início a um processo de transição da colônia até um governo próprio com base federal, concedendo à Nigéria independência total em 1960.

1960- Independência de Benin

No fim do século XIX, o território do atual Benin tornou-se protetorado Francês, com o nome de Daomé. Em 1904, passou a ser administrado diretamente pela metrópole. O domínio colonial encerra-se em 1960, quando, incapaz de sustentar economicamente o território, a França concede-lhe a Independência.

1960- Independência do Togo.

O Togo era protetorado da Alemanha desde 1884, com o fim da I Guerra Mundial, o território é dividido entre França e Reino Unido. Em 1956, a parte oriental é incorporada a Gana. A parcela Francesa ganha autonomia limitada, tendo Sylvanus Olympio como primeiro presidente. A Independência só se consolida em 1960, como já dito.

1960- Independência de Burkina Fasso

Em 1947, o território havia se tornado colônia Francesa. Em 1958, passou a ser República, membro da Comunidade Francesa, e obteve a independência em 5 de agosto de 1960.

1960 - Independência da Somália


A Somália italiana já estava sob o protetorado da Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1950, quando floresceu em Mogadíscio os movimentos anticoloniais. A Somália tem sua independência em 1960, com a unificação do país, que em seguida, se transforma em república.


1960 - Independência da Mauritânia


Sob a dominação francesa houve na Mauritânia proibições legais contra a escravidão e também um fim às guerras entre diferentes clãs. Enquanto durou o período colonial a população continuou nômade, mas vários povos sedentários, cujas famílias haviam sido expulsas séculos atrás, começaram a voltar gradativamente à Mauritânia. O país obteve sua independência em 1960, sendo fundada sua capital em uma pequena aldeia, Ksar, de população ainda 90% nômade. Após a independência, muitas populações indígenas da África Subsaariana, como por exemplo, os haalpulaar, soninquês e wolof moveram-se para a Mauritânia.


1960 - Independência do Mali


O território do Mali já foi sede de três impérios da África Ocidental. No final do século XIX, o Império Mali fica sob o protetorado francês, transformando-se em parte do Sudão francês. Em 1960, Mali conquista sua independência, tornando-se Federação do Mali. Um ano depois, a Federáção divide-se em dois países: Mali e Senegal.

1960- Independência do Níger

Níger era colônia francesa entre 1922 e 1960, quando obtém a independência. Desde os anos 70, os militares são a força política dominante no país. Em 1990, nômades tuaregues, que lutam por autonomia no norte e no sudeste, entram em conflito armado com o Exército. Acordos de paz são assinados em 1995 e 1997, e a incorporação dos tuaregues à vida política de Níger prossegue até 2000.

1960- Independência do Senegal


Em 1946, o Senegal tornou-se um território da União Francesa e elegeu dois deputados para a Assembléia Nacional Francesa. O Senegal tornou-se uma república autônoma dentro da Comunidade Francesa em 1958. O Senegal e o Sudão Francês (atualmente Mali) formaram a Federação do Mali em 1959. A independência do Mali foi proclamada em 1960. O Senegal deixou de ser membro da federação para se tornar um país independente, em 1960. Léopold Sédar Senghor foi o primeiro presidente a tomar posse.

1961- Independência de Serra Leoa

Serra Leoa já havia sido habitada por portugueses em meados do século XV e tornou-se colônia do Reino Unido no início do século XIX. Em 1960, sir Nilton Margai, secretário do Partido do Povo de Serra Leoa (SLPP), que lutava pela independência, torna-se primeiro ministro, contudo mantém laços com o Reino Unido. Nesse sentido, a Independência do país, em 1961, não traz grandes alterações à política da nação.

1961- Independência de Tanganica

Parte continental da Atual Tanzânia, Tanganica era centro de comércio Árabe entre o século VII e o XVI, quando cai sob o controle de Portugal. Em 1884, a Alemanha conquista o território e o transforma em colônia. Ao fim da Primeira Guerra Mundial, o território fica sob o controle do Reino Unido. A Independência ocorre sob a presidência de Julius Nyerere.

1962- Independência da Argélia

O nacionalismo argelino se destacou após as duas Guerras Mundiais e em 1954 foi formada a Frente de Liberação Nacional (FLN), que lançou uma ofensiva para conseguir a independência da Argélia. Tomaram lugar conflitos, inclusive com ataques à população civil. Em 1962, a Argélia votou majoritariamente a favor da independência, sendo declarada socialista.

1962- Independência da Uganda

Em 1894 o reino da Buganda tornou-se um protetorado do Reino Unido. Após várias manobras realizadas pelos britânicos, foram realizadas no dia 1 de março de 1961 as eleições e Benedicto Kiwanuka torna-se ministro-chefe de Uganda (ainda como commomwealth). Uganda teve sua independência em 9 de outubro de 1962.

1963- Criação da Organização da Unidade Africana (OUA)

A Organização da Unidade Africana (OUA) foi criada a 25 de Maio de 1963 em Addis Ababa, Etiópia, por iniciativa do Imperador etíope Haile Selassie através da assinatura da sua Constituição por representantes de 32 governos de países africanos independentes. A OUA foi substituída pela União Africana a 9 de Julho de 2002. Objetivavam promover a unidade e solidariedade entre os estados africanos, coordenar e intensificar a cooperação entre os estados africanos, no sentido de atingir uma vida melhor para os povos de África, defender a soberania, integridade territorial e independência dos estados africano e erradicar todas as formas de colonialismo da África.

1963- Independência de Zanzibar

Ilha pertencente à Atual Tanzânia. Com história semelhante à de Tanganica, Zanzibar também foi ocupado por árabes e posteriormente colonizado por portugueses, alemães e ingleses, Contudo só logrou a Independência em 1963, dois anos mais tarde que Tanganica.

1963- Independência do Quênia

Nas duas décadas que precederam a Segunda Guerra Mundial, os europeus monopolizaram as melhores terras cultiváveis do Quênia. Em 1944, foi formada uma organização nacionalista, a União Africana do Quênia (KAU), que pregava a redistribuição da terra e tinha como líder Jomo Kenyatta. Em 1952, uma sociedade secreta kikuiu, ou Mau Mau, levantou-se contra o domínio colonial na denominada revolta dos Mau-Mau, que deu origem a uma longa guerra, que se prolongou até 1960. A KAU foi proscrita e Kenyatta, líder da rebelião, preso. A eleição de 1961 levou os dois partidos africanos, a União Nacional Africana do Quênia (KANU) e a União Democrática Africana do Quênia, a aliarem-se no governo. Em dezembro de 1963, o Quênia tornou-se Estado independente, membro da Commonwealth, e constituiu-se em república no ano seguinte, sob a presidência do carismático Kenyatta (KANU), o qual foi reeleito em 1969 e 1974.

1964- Formação da Tanzânia

Após três anos da Independência de Tanganica e um ano da Independência de Zanzibar, esses dois países resolvem se unir para formar a Tanzânia. Sob o governo de Nyerere, a Tanzânia adota o socialismo e aproxima-se da China. Somente no fim dos anos 1980, o governo de Ali Hassan Mwinyi abre a economia do país.

1965- Independência da Gâmbia


Gâmbia ficou independente do Reino Unido em 1965. Em 1970, Dawda Jawara se converteu no primeiro presidente do novo estado e foi reeleito em 1972 e 1977. Depois da independência, a Gâmbia melhorou seu desenvolvimento econômico graças à alta nos preços de sua principal matéria de exportação, o amendoim, e ao desenvolvimento do turismo internacional.


1974- Primeira Colônia Portuguesa na África a se tornar independente: Guiné-Bissau


A colonização portuguesa de Guiné Bissau foi catastrófica. Os invasores impuseram o monopólio do comércio e agricultura. O cenário nos anos 1950 eram assustadores. A cada mil nascimentos, 600 mortes. Existia apenas 11 médicos em todo o país e menos de uma dúzia de pessoas havia completado o ensino secundário.


Em 1956, foi fundado o Partido Africano de Independência de Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC). Após infrutíferas negociações, o partido começa a guerrilha sete anos depois. Em 1972, quase todo o país estava nas mãos dos nacionalistas. Com a Revolução dos Cravos em 1974 e a descolonização das colônias africanas, Guiné-Bissau tornou-se independente, apesar da declaração de independência ter sido em 24 de Setembro de 1973. Assim como nas outras colônias, a independência de Guiné-Bissau foi seguida de nacionalizações, estatizações e reformas.


1975- Independência de Cabo Verde.

O território era colonizado por Portugal desde 1462. Entretanto, no século XX, com o surgimento dos movimentos de libertação nacional na África, o país vincula-se à Luta pela independência da Guiné Portuguesa. Em 1956 forma-se o Partido Africano da Independência da Guiné e de Cabo Verde (PAIGC) marxista, liderado por Amílcar Cabral. A Independência é declarada em 5 de julho de 1975 como conseqüência da Revolução dos Cravos , que derrubou a ditadura em Portugal.

1977-1978 – Época do Terror Vermelho na Etiópia.

Para uma maior contextualização, cabe pontuar que: Em 1977, houve a Guerra de Ogaden, quando a Somáliaregião de Ogaden inteira. Em contrapartida, a Etiópia só foi capaz de recapturar Ogaden,após sérios problemas, graças a um afluxo maciço de equipamentos militares soviéticos e a presença militar de Cuba, junto à Alemanha Oriental e o Iémen do Sul no ano seguinte. Centenas de milhares de pessoas foram mortas como resultado do Terror Vermelho, de deportações forçadas, ou da utilização da fome como uma arma sobre o governo de Mengistu.O Terror Vermelho foi realizado em resposta ao que o governo chamou de "Terror Branco", supostamente uma cadeia de eventos violentos, assassinatos e mortes realizadas pela oposição. capturou a

Referências Bibliográficas

http://www.coladaweb.com/historia/descolonizacao-da-asia-e-da-africa Acessado em 16 de maio de 2010.

http://www.tvcultura.com.br/aloescola/historia/guerrafria/guerra10/terceiromundo-africa.htm Acessado em 17 de maio de 2010

http://www.scribd.com/doc/2465852/Historia-da-Africa-3 Acessado em 17 de maio de 2010